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sábado, 5 de outubro de 2013

Animal, animale, beast, animaux!!

Por Michelle Midori Morimura

Pense em um animal. O que vem à sua mente?


De que animal você logo lembrou? Em seu animal de estimação? Um animal famoso das novelas ou do cinema? Numa fera, um animal selvagem? Um amigo? Você mesmo?
Muitos podem ter lembrado de um cãozinho ou de um gatinho. Isto é compreensível porque a relação entre esses animais e os seres humanos data da pré-história. Por volta de 18 mil anos atrás os homens começaram a domesticar cães e há 9 mil anos os gatos começaram a ser domesticados na mesopotâmia.
Não só cães e gatos foram domesticados pelos homens. Vacas, cabras, abelhas, cavalos e plantas como arroz, milho e trigo também foram domesticados. Com a domesticação, os seres humanos passaram a selecionar e adaptar outros seres para satisfazer suas necessidades, o que foi muito positivo do ponto de vista do desenvolvimento da humanidade, mas maléfico do ponto de vista ecológico, pois este é um dos fatores de redução da biodiversidade.
Por falar em perda da diversidade, estima-se que 800 espécies foram extintas nos últimos 500 anos e muitas estão ameaçadas de extinção. Só no Brasil, cerca de 627 espécies de animais estão ameaçados de extinção
Existem diversos fatores que levam à perda de biodiversidade, tal como a mudança do uso do solo. Por exemplo, o cerrado, bioma em que vivemos, está sendo substituído por pastagem para criação de gado e por extensas áreas de monocultura de soja. A mudança do uso do solo no Brasil é responsável por cerca de 70% da emissão de gases efeito estufa que provocam mudanças climáticas globais. Com a mudança do clima, o período de chuvas é alterado assim como a temperatura, prejudicando o desenvolvimento de diversas espécies de plantas e de animais. Além disso, a introdução de espécies exóticas e a biopirataria contribuem ainda mais para a diminuição da biodiversidade.
O dia 04 de outubro é reservado a eles, aos animais. Este dia foi escolhido por se comemorar a festa de São Francisco de Assis, santo protetor dos animais e do meio ambiente. E na escola a gente também pode fazer algo para proteger os animais? Claro que sim! Podemos conhecer melhor as espécies que vivem no cerrado e evitar caçar e prender animais.  
Você conhece algum animal típico do cerrado? Já ouviu falar em tamanduá-bandeira, em lobo-guará, em cuxiú-preto, em chororó-de-goiás, em guariba ou em gato-palheiro? São espécies que vivem no cerrado e que encontram-se ameaçadas de extinção. Ao todo são 65 espécies ameaçadas de extinção no cerrado.


E lembre-se que você também é um animal!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

É coisa de gente grande?

Falando sobre Mudanças Climáticas

Por Michelle Midori Morimura

             Desde a I Conferência Nacional Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente tem se discutido sobre mudanças climáticas. Mas o que são mudanças climáticas? As Mudanças Climáticas são estabelecidas no 4º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (Relatório IPCC) como qualquer mudança no clima ao longo do tempo, seja por variabilidade natural ou como resultado de atividades humanas. 
             Hoje pela manhã em Estocolmo, na Suécia, foi divulgado o 5º Relatório do IPCC que aponta como inequívoco o aquecimento do sistema climático global. No período de 2003 a 2012 houve um aquecimento na média global de 0,78, o mesmo aumento de temperatura observado no período de 1850 a 1900. Com 95% de certeza, considera-se que ações antropogênicas tem sido a principal causa da elevação média da temperatura na segunda metade do século 20.
            A previsão do IPCC é de que até o final deste século a temperatura global aumente mais de 2ºC, provocando o derretimento de geleiras e consequentemente o aumento do nível do mar em torno de 26 a 55 cm no melhor cenário.

            No início deste mês foi também publicado o 1º relatório brasileiro sobre mudanças climáticas. Estudos no Brasil apontam para mudanças no regime de chuvas, podendo haver aumento na precipitação em torno de 30% nos Pampas e na Mata Atlântica do Sul e Sudeste, enquanto na Amazônia e na Caatinga o cenário deve ser de seca, com redução de até 40% nas chuvas. No Brasil, 75% da emissão de gases é proveniente da mudança no uso do solo e os outros 25% está associada à queima de combustíveis fósseis. Para ter acesso ao sumário executivo, clique aqui.




            O que nós podemos fazer diante desta situação?


            A situação é grave e complexa e requer de fato medidas do governo para reverter esta situação. Sabe-se que para evitar a continuidade do aquecimento global é necessário diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Para tanto, é necessário dar evitar o desmatamento e queimadas, bem como incentivar o uso de energia renovável. 
            Nós, jovens cidadãos brasileiros, devemos ficar de olho em nossos governantes e cobrar deles ações efetivas. No Distrito Federal temos um grave problema de queimada durante o período de seca. É possível fazer trabalhos de conscientização em nossa escola e comunidade do entorno sobre os males da queimada e o que podemos fazer para evitar. Também podemos recuperar áreas degradadas e ajudar a melhorar o lugar em que vivemos. E vocês, o que tem feito? Compartilhem conosco sua experiência.