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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas?



A gente costuma criticar o que acontece de ruim em nosso país. O governo prioriza a construção de estádios para a Copa e deixa a desejar a situação de hospitais, postos de saúde e de escolas. Sabemos que existem conflitos de interesse em nosso país e que a balança tende para o lado daqueles que tem maior poder econômico.

No meio de todo esse turbilhão de conflitos de interesses, existem programas do Governo que lutam para existir. É o caso do Programa 'Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas', criado em 2003 com o objetivo fortalecer e enraizar a Educação Ambiental nas escolas. O Programa conta com a criação voluntária de Com-vidas (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida) que são grupos formados por estudantes, educadores, pais e funcionários da escola. As Com-vidas tem por objetivo melhorar as condições ambientais da escola, por meio de uma educação ambiental continuada, crítica e transversal.

No âmbito deste programa estão inseridas as Conferências Nacionais Infantojuvenis pelo Meio Ambiente (CNIJMA). No período de 23 a 28 do corrente ano, ocorreu a IV CNIJMA em Luziânia-GO. Neste ano, houve a participação voluntária de 16.956 escolas em todo o Brasil. Depois de um processo de eleição de delegados por parte dos jovens das escolas e em etapas estaduais, cerca de 700 jovens entre 11 a 14 anos estiveram presentes na IV CNIJMA aprofundando as discussões sobre Escolas Sustentáveis, principal tema Conferência.

O Distrito Federal contou com a participação de 18 delegados com idades entre 11 a 14 anos, dois professores, três representantes da Comissão Organizadora Distrital (COD) e quatro membros do Coletivo Jovem. Todos estão dispostos a darem continuidade às ações em suas escolas. Os representantes da SEDF presentes na COD demostraram interesse em fortalecer as Com-vidas nas escolas no período pós-conferência.


No dia 26/11, delegados da IV CNIJMA foram ao Palácio do Planalto em visita à Presidenta Dilma. No momento foi entregue uma caixa com projetos que estão sendo desenvolvidos ou serão desenvolvidos nas escolas. Também foi lida uma carta à presidenta em nome de todas as delegações do país pelo estudante João Paulo da Silva Rodrigues (Distrito Federal) e pela estudante Sâmela Rowany de Aviz (Pará).

Veja aqui, o discurso da Presidenta.

sábado, 16 de novembro de 2013

Carta aberta do CJ-DF



Nós, membros do Coletivo Jovem de Meio Ambiente do Distrital Federal participantes da Comissão Organizadora do Distrito Federal (COD) para a IV Conferência Distrital Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (IV CDIJMA), apresentamos esta Carta Aberta em repúdio a fatos ocorridos durante todo o processo de construção desta conferência.

A IV CDIJMA é uma etapa obrigatória para a participação do DF na Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA). A CNIJMA é uma das ações de Educação Ambiental desenvolvida no Ministério de Educação e depende da adesão voluntária das escolas. A conferência destaca-se por envolver jovens de 11 a 14 anos e ter um objetivo pedagógico. Nesse espaço, os jovens começam a compreender espaços de participação democrática, além de aprofundar nos estudos sobre problemas ambientais, especialmente em escala local, buscando propor solucionar ou mitigar os problemas. Para participar desse processo, os jovens devem enviar propostas de projetos elaborados pelos mesmos.

Nós, do CJ-DF tivemos diversas dificuldades para realizar a conferência. Desde fevereiro de 2013 temos participado das reuniões da Comissão Organizadora do Distrito Federal (COD) de forma voluntária, por acreditar na continuidade desse processo. Grande parte dos nossos integrantes são ex-delegados da I, II e da III CNIJMA. O CJ-DF participou da organização e execução da II e da III CDIJMA. Para nós, a educação ambiental é um processo contínuo e não deve ser realizado de forma pontual.

Neste ano, o CJ-DF responsabilizou-se pela Formação de Coordenadores Intermediários das Gerências Regionais de Ensino (GREBs) e também da Formação de Coordenadores e Professores de Escolas Públicas e Particulares do DF em todas as GREBs do DF. Nesse processo fomos convidados para participar de duas conferências escolares no DF e para realizar formação com todos os professores de uma única escola. Para a realização das atividades preparatórias da IV CDIJMA, nós solicitamos ao NEA transporte e alimentação.

O CJ-DF também foi responsável por formular a metodologia de trabalho na formação de coordenadores e professores. Nós sugerimos que essa formação fosse realizada apenas com os professores em dois dias de trabalho. Essa sugestão foi rejeitada por uma questão: não havia verba para tal. Nosso trabalho foi readequado às condições dadas pela SEDF: chegávamos no local às 15 horas e precisávamos sair às 16h30. O horário restrito foi uma de nossas dificuldades e foi definido pelo horário de trabalho dos motoristas do GDF. Os motoristas nos informaram que só podem sair da garagem às 8 horas e devem estar de volta às 12 horas e só podem sair novamente às 14 horas e devem estar de volta às 18 horas. Some-se a essa dificuldade, o trânsito lento e intenso e a distância para alguns locais. Como trabalhar em GREBs distantes com esse horário restrito? Nossa dedicação e empenho foi altamente prejudicada pelas condições dadas pelo GDF.


Durante as reuniões da COD fomos informados que o montante de 141 mil reais estava aguardando liberação no processo licitatório na SEDF. De acordo com representantes do Núcleo de Educação Ambiental, esse recurso seria utilizado para o aluguel de espaço, transporte de professores e estudantes, alimentação e também para o pagamento dos facilitadores.

O CJ-DF elaborou o programa de atividades durante a IV CDIJMA previsto para ser realizado em três dias. No dia 29 de outubro os membros do CJ-DF foram chamados ao NEA e neste momento fomos informados que o recurso não havia sido liberado pela SEDF. Pensando nos estudantes e professores que enviaram os projetos para a IV CNIJMA, o CJ-DF juntamente com outros membros da COD decidiram realizar a conferência em apenas um dia. Como realizar um evento de três dias em apenas um dia sem perder a qualidade? Porque a licitação não foi aprovada? Acaso o projeto foi esquecido em alguma gaveta?

Sim, a Conferência Distrital foi realizada no dia 07 de novembro na Escola de Aperfeiçoamento de Professores (EAPE). E no dia seguinte realizado o Encontro Preparatório de delegados e delegadas para a IV CNIJMA. Em ambos os casos, o evento foi realizado com zero de orçamento e nós, do CJ-DF ainda tivemos que ouvir comentários sarcásticos, como: ‘Parabéns aos jovens, trabalhando de forma voluntária! É isso ai!’. É isso ai, nós, bando de jovens bobos, que continuamos acreditando no processo e nos submetendo a essas atrocidades. Nós não queremos muito. Queremos que nosso trabalho seja valorizado e queremos acima de tudo respeito.

Gostaríamos de acreditar que no DF há espaço para a educação ambiental, mas a falta de apoio do governo durante as II, III e IV CNIJMA indicam o contrário. A sociedade civil necessita de respostas. Não é possível calar diante de tanto desrespeito e descompromisso do GDF. Não aceitamos que a culpa seja colocada na burocracia do Estado.  Esperamos minimamente que os problemas relacionados à falta de liberação da verba destinada à IV CDIJMA sejam apurados por meio de auditoria e que os servidores e gestores que travaram o processo sejam responsabilizados.

 Desde já, nos colocamos à disposição para devidos esclarecimentos e aguardamos uma resposta por parte das autoridades responsáveis no GDF.




Coletivo Jovem de Meio Ambiente – DF

sábado, 5 de outubro de 2013

Animal, animale, beast, animaux!!

Por Michelle Midori Morimura

Pense em um animal. O que vem à sua mente?


De que animal você logo lembrou? Em seu animal de estimação? Um animal famoso das novelas ou do cinema? Numa fera, um animal selvagem? Um amigo? Você mesmo?
Muitos podem ter lembrado de um cãozinho ou de um gatinho. Isto é compreensível porque a relação entre esses animais e os seres humanos data da pré-história. Por volta de 18 mil anos atrás os homens começaram a domesticar cães e há 9 mil anos os gatos começaram a ser domesticados na mesopotâmia.
Não só cães e gatos foram domesticados pelos homens. Vacas, cabras, abelhas, cavalos e plantas como arroz, milho e trigo também foram domesticados. Com a domesticação, os seres humanos passaram a selecionar e adaptar outros seres para satisfazer suas necessidades, o que foi muito positivo do ponto de vista do desenvolvimento da humanidade, mas maléfico do ponto de vista ecológico, pois este é um dos fatores de redução da biodiversidade.
Por falar em perda da diversidade, estima-se que 800 espécies foram extintas nos últimos 500 anos e muitas estão ameaçadas de extinção. Só no Brasil, cerca de 627 espécies de animais estão ameaçados de extinção
Existem diversos fatores que levam à perda de biodiversidade, tal como a mudança do uso do solo. Por exemplo, o cerrado, bioma em que vivemos, está sendo substituído por pastagem para criação de gado e por extensas áreas de monocultura de soja. A mudança do uso do solo no Brasil é responsável por cerca de 70% da emissão de gases efeito estufa que provocam mudanças climáticas globais. Com a mudança do clima, o período de chuvas é alterado assim como a temperatura, prejudicando o desenvolvimento de diversas espécies de plantas e de animais. Além disso, a introdução de espécies exóticas e a biopirataria contribuem ainda mais para a diminuição da biodiversidade.
O dia 04 de outubro é reservado a eles, aos animais. Este dia foi escolhido por se comemorar a festa de São Francisco de Assis, santo protetor dos animais e do meio ambiente. E na escola a gente também pode fazer algo para proteger os animais? Claro que sim! Podemos conhecer melhor as espécies que vivem no cerrado e evitar caçar e prender animais.  
Você conhece algum animal típico do cerrado? Já ouviu falar em tamanduá-bandeira, em lobo-guará, em cuxiú-preto, em chororó-de-goiás, em guariba ou em gato-palheiro? São espécies que vivem no cerrado e que encontram-se ameaçadas de extinção. Ao todo são 65 espécies ameaçadas de extinção no cerrado.


E lembre-se que você também é um animal!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

É coisa de gente grande?

Falando sobre Mudanças Climáticas

Por Michelle Midori Morimura

             Desde a I Conferência Nacional Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente tem se discutido sobre mudanças climáticas. Mas o que são mudanças climáticas? As Mudanças Climáticas são estabelecidas no 4º relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (Relatório IPCC) como qualquer mudança no clima ao longo do tempo, seja por variabilidade natural ou como resultado de atividades humanas. 
             Hoje pela manhã em Estocolmo, na Suécia, foi divulgado o 5º Relatório do IPCC que aponta como inequívoco o aquecimento do sistema climático global. No período de 2003 a 2012 houve um aquecimento na média global de 0,78, o mesmo aumento de temperatura observado no período de 1850 a 1900. Com 95% de certeza, considera-se que ações antropogênicas tem sido a principal causa da elevação média da temperatura na segunda metade do século 20.
            A previsão do IPCC é de que até o final deste século a temperatura global aumente mais de 2ºC, provocando o derretimento de geleiras e consequentemente o aumento do nível do mar em torno de 26 a 55 cm no melhor cenário.

            No início deste mês foi também publicado o 1º relatório brasileiro sobre mudanças climáticas. Estudos no Brasil apontam para mudanças no regime de chuvas, podendo haver aumento na precipitação em torno de 30% nos Pampas e na Mata Atlântica do Sul e Sudeste, enquanto na Amazônia e na Caatinga o cenário deve ser de seca, com redução de até 40% nas chuvas. No Brasil, 75% da emissão de gases é proveniente da mudança no uso do solo e os outros 25% está associada à queima de combustíveis fósseis. Para ter acesso ao sumário executivo, clique aqui.




            O que nós podemos fazer diante desta situação?


            A situação é grave e complexa e requer de fato medidas do governo para reverter esta situação. Sabe-se que para evitar a continuidade do aquecimento global é necessário diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Para tanto, é necessário dar evitar o desmatamento e queimadas, bem como incentivar o uso de energia renovável. 
            Nós, jovens cidadãos brasileiros, devemos ficar de olho em nossos governantes e cobrar deles ações efetivas. No Distrito Federal temos um grave problema de queimada durante o período de seca. É possível fazer trabalhos de conscientização em nossa escola e comunidade do entorno sobre os males da queimada e o que podemos fazer para evitar. Também podemos recuperar áreas degradadas e ajudar a melhorar o lugar em que vivemos. E vocês, o que tem feito? Compartilhem conosco sua experiência.